Saturday, September 20, 2008

De repente Budapeste

Pois é. Em mais alguns dias sigo para Budapeste para uma reuniãozinha "business oriented". Posso falar que pela primeira vez em muito tempo estou excitado com a perspectiva de uma viagem. Gosto muito da "Europa Oriental (ou Europa Central para uns) e pretendo fazer umas fotos interessantes por lá.

Para ter certeza que passearei desta vez não levarei meu violão.

Em breve envio notícias.

Monday, July 14, 2008

Transformando o "black" em "red"

Recentemente eu fiz uma pequena reunião para celebrar o meu aniversário. Mesmo com lei-seca e tudo mais apareceram algumas pessoas e, como não podia deixar de ser, tinha uma quantidade astronômica de cerveja e um uísque para rebater. Eu tinha um "Black Label" em casa e coloquei na festa para a galera tomar.

Obviamente o uísque acabou e como tinha trazido 6 garrafas de "Red" para um amigo, perguntei-lhe se me emprestava uma para a festa. Ele emprestou, claro e lá fui eu para a sala com o "Red". Um dos convivas se aproximou e falou:

"Estou sentindo um downgrade hein M.?"

Jocoso ou malicioso o comentário me lembrou algo que (supostamente) acontecido na Galiléia: As Bodas de Caná. Esse é o famoso episódio em que Jesus Cristo (doravante JC) transforma a água em vinho. Tinha acabado o vinho da festa e Maria pediu a JC que desse "uma forcinha". O fato é que JC não estava muito a fim de fazer esse milagre, mas a mãe dele encheu tanto o saco que ele acabou cedendo. Provavelmente porque não queria que seu primeiro "milagre" fosse uma coisa assim tão mundana. O fato é que ele transformou a água em vinho e levaram ao maître para que ele apovasse. Transcrevo abaixo a passagem da Bíblia (João, 2, 9-10):

"
E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo de onde viera, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo.

E disse-lhe: Todo o homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho.

"

Vejam só: o vinho era melhor que o que tinha acabado e ainda assim o maître reclamou. Que conclusão tiramos dessa pequena história? Que sempre haverão pessoas descontentes! Como o que aconteceu em minha festa. E se eu tivesse feito o contrário: "transformado" o Red em Black. Tenho certeza que ouviria algo assim:

"Pô, agora que eu tomei todas do Red e estou indo embora vc põe o Black?"

Ou seja sempre haverá os que reclamam, não importa o que vc fizer. Nem mesmo JC que, se existiu, deveria ser um cara muito gente boa não deixava todos contentes, quem dirá eu.

Monday, June 30, 2008

Imagens da Suécia


Academia Sueca: o mais próximo que cheguei do Prêmio Nobel até hoje














Palacio Real: onde o Rei e aRainha Silvia... o que eles fazem mesmo?













Suecos a poucos minutos da tragédia da Eurocopa. Até parece que estão se importando muito...














Atividades culturais no jogo da Suécia. O último da direita é um americano que não goste de futebol mas adora uma breja.












Me enturmando com os nativos. Pelo visto a derrota não os abalou muito.

Sobre a Suécia

Por conta da correria que foi sair de Estocolmo chegar no Brasil e menos de 12h depois viajar para Santiago, não deu tempo de registrar minha passagem pela Suécia. Então aqui vai.

Sinceremente é difícil imaginar que os Suecos sejam descendentes dos vikings que apovoraram a Europa na Idade Média. São pessoas tranquilas, até demais. Posso falar isso porque além de conhecer muitos suecos tive a oportunidade de vê-los duas vezes em seu habitat (Gotemburgo e Estocolmo). Não vi nenum apavorado com nada. Andam rápido onde quer que vão, mas nenhum sinal de apuro ou desespero.


Alias desesperado ficava eu quando conversava com eles. Você fala, fala eles pensam olham para você e falam "Hum!". Não dá para saber o que estão pensando.

O verão na Suécia é muito bonito mesmo! Muita luz e as pessoas aproveitam-no com sofreguidão pois sabem que ele é curto demais. Dias lindos, a cidade cheia de coisas acontecendo por todos lados. Pode-se dizer que os suecos finalmente vivem no verão depois de meses de inverno mofando.

Mais uma vez tive a chance de ver que os suecos são realmente obcecados com a igualdade entre as pessoas. Estocolmo, claro, tem um pouco mais de gente "rica" comparado com a pequena Gotemburgo. Mas sem exageros. Até nos banheiros os caras tentam. Eu esperava na fila para entrar no "masculino" e um sueco viu o feminino vago e me falou:

"Entra aí cara. Aqui homem e mulher é tudo igual"

Ou seja o masculino e feminino do banheiro é uma sugestão de ocupação, nada mais.

Quanto ao futebol posso dizer que os caras gostam tanto quanto ou mais que a gente. Nos parques todos jogam, há muitas quadras, bolas para todos os lados. Mas falta-lhes aquele talento natural aquele suingue... Em compensação têm grande espírito de equipe e não baseiam o jogo em uma estrela. Talvez isso falte a eles, um gênio da pelota que transmita a eles a malícia. Sueco é muito inocente, no geral.

Mas tive um lampejo de esperança quando ao longe vi uns passes precisos, dribles desconjuntantes e tiros certeiros para o gol. Pensei: será que estou vendo nascer uma grande estrela sueca do futebol? Cheguei mais perto para observar o craque e ouço ele falar:

"Dale, dale tche! Coño!"

Sim, argentinos! A grande estrela da Suécia ainda está por vir.

Wednesday, June 18, 2008

Festa de verão em Estocolmo

É verão na Suécia. Pelo menos para os suecos porque aqui a temperatura está em torno de 15 graus. Mas as festas pipocam em toda a parte e essa bandinha aqui estava tocando ontem antes do jogo da Itália x França. A vocalista até que não é de se jogar fora

Segue o vídeo.

Monday, June 16, 2008

Schiphol: UE, US e a rapa

(escrito em 15-jun-2008)

Acabei de chegar aqui na Holanda e estou tomando uma "ampola" num bar do Aeroporto de Schiphol. Como estou embarcando para a Suécia a imigração é feita aqui mesmo e como já é conhecido dos viajantes existem sempre duas filas: a dos membros do bloco e a dos não membros. No Brasil tem a fila do Mercosul, na América Central tem a fila dos Centroamericanos e por aí vai.

Bom aqui tem logicamente a fila do pessoal da comunidade européia e do resto. O que me impressionou foi que hoje os caras começaram a chamar os cidadãos norte-americanos e colocando-os nas filas reservadas para europeus quando os guichês de imigração estavam ociosos. Interessante... desde quando os euopeus estão lambendo as botas dos filhos do Tio Sam assim tão descaradamente? Entendo perfeitamente as preocupações com imigrantes ilegais que eles têm, mas do jeito que a banda está tocando em breve vão ser os americanos que vão vir para cá a procura de trabalho.

Aqui na Europa somos cidadãos de terceira classe, logo depois dos americanos. Aproveitando, uma anedota: uma mulher estava atrás de mim na fila da "rapa". o agente do aeroporto que controlava a fila viu o passaporte dela e pediu que fosse para a fila da UE. Pois é, nas entrelinhas deduzo que a figura não sabia que a Polônia é parte da UE.

Sigo para a Suécia em mais ou menos uma hora e quero ver se em Estocolmo é confirmada a tradição de tolerância e igualdade dos suecos (conforme percebi em Gotemburgo).

É isso aí! Domingão ensolarado na Holanda dentro do aeroporto. Espero que na Suécia esteja assim e dê tempo de dar uma passeada.

Tuesday, May 20, 2008

Teria chegado o futuro?

Eu como um "filhote da ditadura" cresci ouvindo coisas como "O Brasil é o país do Futuro" e outras coisas mais. Sem querer cair no ufanismo, acho que vivemos um bom momento no Brasil. Economicamente o país (parece) estar bem estabelecido. Temos terras para plantar alimentos e assim manter os preços em um nível aceitável sem nos comprometer muito. O programa de uso do álcool como combustível provou ser um sucesso e Brasil é referência na tecnologia. O sucesso disso não é dos governos (embora alguns possam ser creditados em parte) mas sim dos técnicos que convenceram os políticos a pensar um pouco (bem pouco) mais além do aqui e agora.

Teria chegado "a nossa vez"?

Bom ainda há muita coisa a mudar... Não acredito que chegaremos um dia a ser uma Suécia em termos de justiça e igualdade social, mas podemos certamente avançar bastante. Mesmo tendo o investment grade ainda carecemos de infraestrutura básica para crescer, os financiamentos (com a rara exceção do BNDES) são proibitivos. E ainda há a corrupção que é acobertada pela burocracia brasileira.

Mas, acredito que o principal a ser mudado é a mentalidade. Abandonar o perfil "Gerson" e pensar um pouco mais no coletivo e no futuro. Isso é o principal, penso eu. Eu acho que esse deve ser o grande investimento intangível que se deve fazer. Quando ando de Metrô vejo que as pessoas carecem do mínimo de gentileza; carregem suas mochilas nas costas, ficam na porta dificultando o embarque/desembarque, tentam embarcar no trem antes que o pessoal desembarque violando assim a Lei da Impenetrabilidade. É não é por falta de aviso: o condutor do trem fala sobre essas atitudes todos os dias pelo sistema de autofalantes.

Quando vejo essas coisas (quase todos os dias) caio num desalento e me junto ao coro dos que dizem que o Brasil não tem jeito. Com essa mentalidade não tem mesmo. Mas aí faço o trabalho em casa, educo minha filha, carrego minha mochila nas mãos quando estou no trem e tento assim convencer a meu modo as pessoas. Talvez as próximas gereções, herdando um país melhor, mudem sua mentalidade para mantê-lo bem.

E esse é o eterno retorno. A minha geração dizendo para a próxima que eles herdarão o País do Futuro.

Monday, April 14, 2008

Pinoy é o cara!!

Quase todos os dias nas manchetes dos jornais falavam algo sobre Pinoy. Coisas do tipo:

"Pinoy vence campeonato de box"

"Pinoy mostra sua criatividade na exposição de arte"

"Pinoy é candidato a cargo na ONU"

Fiquei pensando "Porra esse Pinoy é um fodão mesmo!". O Philippine Star é um jornal que tem aquele formato que as notícias começam na primeira página e no meio da reportagem tem o "continua na página x". Ou seja em vez de resumirem as notícias na primeira página, simplesmente continuam adiante. O que eu acho uma merda, o Guardian tem o mesmo formato.

Mas hoje resolvi ver quem era o "Grande Pinoy" e fui para a página x. Enquanto procurava a notícia vejo a seguinte manchete:

"Pinay condenado morte nos Emirados Árabes".

Péra aí! Comoo jornal pode cometer um erro desses (PinAy) e como o cara poderia ser condenado à morte nos Emirados e expor em Manila? Último pedido do condenado?

Nada disso. Em minha ignorância e, por nunca ter a curiosidade de continuar a ler a maioria das notícias, não tinha percebido que Pinoy é o gentílico local para Filipino e Pinay para Filipina. Como no inglês o gênero da palavra não é evidente pela escrita eu li "PinAy condenadA a morte..." como "PinAy condenadO..."

Assim uma notícia era sobre uma empregada doméstica condenada a morrer em Abu Dhabi acusada de matar a filha dos patrões e a outra celebrava a criatividade dos Filipinos.

Assim fiquei conhecendo Pinoy, o fodão!

Tuesday, April 08, 2008

Não basta rejuvenescer o rosto!


Mais uma do "Philippine Star": uma propaganda de uma clínica de rejuvesnescimento vaginal. Para mim isso era uma grande novidade e "reconstrução de hímen" uma coisa de peças do Nelson Rodrigues (lembram do Bonitinha, mas ordinária?).

Aquio assunto é tratado abertamente como propaganda no meio das páginas de política. No Brasil temos propaganda de clínicas para tratar impotência. Cada um com seus problemas...

Mas achei o máximo a foto da mulher sorrindo e por isso coloquei aqui.

Alguma leitora interessada? Tem no Brasil também (veja por exemplo aqui.)

Monday, April 07, 2008

A Crise do Arroz

No começo, confesso, não dei muita importância. Entretanto todo o dia estampado nas manchetes do Philippine Star estavam as preocupações do governo com o abastecimento de arroz.
Políticos, atacadistas e empresários discutindo sobre os preços de arroz que estavam subindo. Para mim era um certo alarmismo, achei mesmo que era falta do que falar. Mas não...

Vou tentar ordenar os fatos conforme os fui percebendo. No dia que cheguei aqui em Manila (dia 29 de março) indo para o hotel passei por um restaurante bem simples na beira da pista que tinha a seguinte propaganda:

"Pague X e coma todo o arroz que puder!"

No Brasil, normalmente, se vc vai a algum restaurante e pede uma carne vc tem "todo o arroz que puder comer". Pelo menos se vc vai comer um PF na padaria-boteco-lanchone e pedir mais arroz o cara dificilmente vai dizer não. Por isso pensei "pô assim é fácil! Todo o arroz que o cara quiser! Até eu posso oferecer". A coisa não é tão simples assim...

Primeiro porque o cara que oferece todo o arroz que um filipino (asiático em geral) pode comer, realmente comete um ato de coragem. Não há limites. Aqui come-se arroz no café da manhã, almoço, jantar e até no lanchinho da tarde. Um dia desses no hotel vi um menininho filipino de uns 5 anos no máximo comendo mais arroz que como em um dia. Isso às 7h00 da manhã.

Outro fator, como já disse, é essa crise. Os preços estão disparando no mercado internacional e as Filipinas importam uma quantidade considerável de arroz para conseguir abastecer o povo. Mesmo subsidiado pelo governo o preço do arroz que era de USD 0.50/Kg no final de março hoje está cotado a USD 1.15/Kg! Já existe o problema do desabastecimento localizado o que tem gerado protestos populares por todas as Filipinas. São 85 milhões de pessoas na ilha sendo 30 delas abaixo da linha de pobreza (conhecem um país parecido?? Acertou, o "glorioso"!)

Por isso na sexta-feira passada havia um caminhão distribuindo arroz subsidiado pelo governo na EDSA guardado pelo exército. A presidente Gloria Arroyo sugeriu certas medidas emergenciais como diminuição dos impostos para os produtores de arroz e uma suspensão imediata de empreendimentos imobiliários em plantações de arroz (leia-se conversão de plantações em condomínios e campos de golfe).

Ou seja a equação é a seguinte: 85 milhões, comendo um monte de arroz renda per capita 3 vezes menor que a do "Glorioso". Situação altamente explosiva, pior que as bombas dos separatistas de Cebu, para Sra. Arroyo resolver.

Só quero dar o fora antes dessa banda começar a tocar.

Cinco minutos com meu pai.

Vi essa pergunta numa comunidade que participo no Orkut chamada "Que saudades do meu pai". O que eu faria se pudesse ter mais cinco minutos com ele? Isso me toca bem mais agora que estou longe do Brasil e sozinho. Já tive uns dois sonhos muito vívidos com meu pai depois que ele morreu há 13 anos.

Mas voltando à pergunta, o que eu faria com 5 minutos a mais com meu pai. Ia precisar de uma certa preparação mas seria mais ou menos assim:

1. Você é avô, sua neta fará 10 anos em agosto. Ei-la.

2. Mamãe está bem, vai muito ao médico e só fala em doenças existentes e imaginárias. Você sabe ela sempre foi assim.

3. Bom eu me formei logo depois que vc morreu, fiz o mestrad0 mas não fiz o doutorado. Trabalho com telecom e viajo o mundo inteiro. Morei em alguns países e descobri que meu lugar é o Brasil mesmo.

4. Continuo totalmente inábil para trabalhos manuais e consertar qualquer coisa mecânica. Levo algum jeito para eletricidade e eletrônica.

5. Continuo lendo para caramba e sempre curioso.

6. Parei de fumar maconha. Ainda bebo, mas nada que atrapalhe meu trabalho.

7. Estou com uma nova mulher, vivendo bem e com muitos planos para o futuro.

8. Voltei a tocar violão e guitarra.

9. Tudo o que você fez por mim está aqui. Não sou rico, mas vivo com conforto e feliz. Tenho amigos, duas cachorras e uma família (separada mas uma família). Se fiz alguma bobagem foi culpa exclusivamente minha porque você sempre me deu o melhor

10. Sim me lembro do sonho que tive no Rio. E não vou cometer os mesmos erros que me disse que cometeu (quais foram pai?). E para onde ia aquele trem? Você estava andando de metrô como fazia comigo quando era pequeno, simplesmente por passear ou pegou aquele trem para algum outro lugar? Eu fiquei parado na estação, mas um dia chegará meu trem.

Sei que não deram cinco minutos ainda. Mas o resto do tempo faríamos algo que sempre soubemos fazer bem: respeitar o silêncio um do outro. Admirar a essência de cada um e ter a certeza que cada um deu o melhor de si.

E assim seria esse encontro imaginário com o velho Chico...

Saturday, April 05, 2008

Aqui quem manda são "homens de saia"

Esse lance do lançamento da Playboy daqui está dando o que falar. Na 4a feira, dia do lançamento, a Conferência dos Bispos Católicos das Filipinas lançou uma nota de repúdio. Algumas das risíveis declarações dos homens de saia são :

“We are already a lost generation,” he said, adding that allowing these types of obscene materials to flourish could “add to the degeneration of our sexual culture.”

“It would add to our sexual pervasiveness,” he exclaimed."

Eu já fui católico durante muito tempo de minha vida e por isso critico esses bispos. Como disse Jesus uma vez referindo-se aos fariseus são "sepulcros caiados": brancos por fora e podres por dentro. Se esses bispos quisessem mesmo conservar os valores morais dos Filipinos eles deveriam vir aqui para Makati e fechar os bares que facilitam a prostituição. Por que eles não vão fechar o TGI Friday's ou o Hard Rock Cafe? Por que eles não tentam fechar o Havana Café que é praticamente prostitutas e potenciais clientes? Nada contra as meninas, mas o discurso desses bispos é obviamente populesco. Continuam pregando contra o uso de contraceptivos e a população da Grande Manila bate os 20 milhões. E tem ainda a Crise do Arroz que contribui para caos. Falarei disso em outro post.

O pior de tudo é que esses bispos aqui das Filipinas parece que têm muito poder ou ao menos influência. Qualquer comunicado da CNBB no Brasil não é motivo nem de 5 min de conversa para um católico brasileiro médio, mas aqui a coisa é diferente. Não duvido que consigam tirar das bancas a Playboy mais pudica que já lançaram no sec. XXI.

Ainda não comprei a minha, mas comprarei antes que acabe ;-).

Sunday, March 30, 2008

Playboy das Filipinas

Só aqui mesmo... vão lançar uma Playboy sem mulher pelada! Segundo o editor vai ser uma revista para o público com "estilo de vida maduro", o que quer que isso seja.

Segue o artigo original e o link. Essa vale a pena ter um exemplar!

MANILA (AFP) - The Philippines will get its own edition of Playboy magazine -- only without the nudity that made the US version famous, the editor-in-chief of the local edition said Thursday.

The Philippine edition will be launched on April 2 as a "mature lifestyle magazine", said veteran journalist Beting Laygo Dolor.

While the magazine will offer pictorials of beautiful women, it will not include nudity. "It will be tamer than the US edition but not as tame as the Indonesian edition," Lagyo Dolor said in a television interview.

He said it would be aimed at a more mature, affluent readership than "lad magazines" such as FHM and Maxim which already have Philippine editions.

It will be the 25th international edition of the US-based magazine which was launched more than 50 years ago.

The local edition will have serious articles and fiction by some of the country's best-known writers but will also include such staples as a "playmate of the month", Lagyo Dolor said

Movies and publications showing nudity have run into strong opposition in the conservative, largely Roman Catholic Philippines with watchdog groups sometimes filing criminal charges against those who distribute such materials.

Missa no Shopping & catando piolhos na EDSA

Realmente esse país não pára de me surpreender...

Mais uma vez estou aqui nas Filipinas. Cheguei no sábado e minha adpatação ao fuso horário daqui foi bem mais tranquila dessa vez. Uma vez me disseram que mais cedo ou mais tarde o homem se acostuma a qualquer coisa... e essa pessoa estava certíssima.

Bom as duas coisas estranhas que vi em dois dias por essas terras

1. A missa no Shopping:

Lá ia eu no domingão pela manhã (umas 10h) comprar gilete e espuma de barbear em uma drugstore do Glorietta Mall. De repente vejo um monte de gente parada e olhando para o piso de baixo. Logo pensei que fosse alguma tragédia ou alguma coisa estranha como uma prisão acontecendo. Fiquei meio ressabiado de passar pelo meio do povo (para mim quanto mais gente junta maior a probabilidade de uma confusão e sendo um "estranho em uma terra estranha" todo o cuidado é pouco), mas tomei coragem e fui. Bem quando olho para baixo vejo um altar (completo com crucifixo e tudo), um padre todo paramentado e uma missa prestes a começar. No hall foram postas várias cadeiras da plástico e o lugar estava tomado de gente.

Eu já tinha visto algo parecido na Quarta-Feira de Cinzas (sim, eu passei o Carnaval por aqui) na Globe Telecom. Cheguei ali para dar o curso e todos estavam assistindo à missa. Fico pensando o que espanhóis devem ter feito para tornar um povo que vive numa ilha do Pacífico cercado de budistas, xintoístas, hinduístas etc católicos tão fervorosos. Pela dialética que não deve ter sido. Aliás aqui é onde os caras se crucificam e auto-flagelam na Semana Santa. Felizmente não estava aqui para ver isso.

2. Catando Piolhos: essa foi uma foto que vi no jornal (Philippine Star) hoje pela manhã. Mostra uma família um catando piolhos do outro na avenida EDSA.
Fiquei meio triste ao ver essa foto. Ela mostra mais ou menos como vive o povão daqui e suas mazelas. Não me lembro de ter visto nas ruas do Rio ou de Sampa algo assim (mas já vi coisa bem pior).
Isso acontece bem embaixo da janela do meu apartamento que faz frente para a piscina e para a EDSA. Enquanto eles catavam piolho cozinhando no calor de Manila, provavelmente esperando o jeepney eu num hotel 4-5 estrelas com meu quarto com ar-condicionado...

Tem horas que fico muito chateado com o mund; quando viajo e essas desigualdades ficam mais evidentes ainda...


Dá vontade de fazer como Buda: largar o palácio e buscar o significado das coisas.

Wednesday, February 13, 2008

Jet-Lag, paralisia do sono e outras coisas

Acredito que ainda não falei o que fui fazer do outro lado do mundo. Para quem não me conhece trabalho com engenharia de telecomunicações e isso me faz viajar bastante, principalmente pela América Latina. Neste caso foi para Manila a convite da filial de minha companhia lá para ministrar um workshop sobre GPRS (se não sabe o que é siga este link).

Agora os fatos estranhos: durante minha estadia lá em Manila fui acometido ao menos 3 noites pela paralisia do sono. Para quem não sabe isso ocorre quando uma pessoa acorda no meio do sono REM e não consegue se mexer, embora possa escutar tudo à sua volta. Hoje não me assusto mais com isso, mas no começo isso me atormentou. Certamente a paralisia do sono deve-se a Jet-Lag: 10 horas de diferença entre São Paulo e Manila.

Mas o mais estranho foi um sonho que tive com uma amiga. Sonhei que tentava salvá-la de uma execução e que ninguém se importava. Quando voltei ao Brasil entrei em contato com ela e, me pedindo sigilo, disse que estava com um problema de saúde que pode ser sério. Que meu sonho não estava tão errado assim. Não posso dar mais detalhes pela promessa que fiz a ela.

Esse sonho me assustou. Tive um há alguns anos com meu pai (também estava viajando, dessa vez no Rio) e ele estava muito perturbado e me pedia para não fazer as "besteiras que ele fez". Depois ele pegou o metrô e se foi enquanto eu fiquei na estação. Sonho que perturbou porque meu pai parecia bem mal.

Olha eu não acredto em espíritos e coisas assim, mas também não em coincidências. Como fui sonhar com F. que não vejo há 2 anos, estando a mais de 18 mil quilômetros de distância? Por que ainda sonho que estou em Manila e os sonhos são tão reais, tanto que acordo e depois volto ao mesmo sonho? Talvez exista algo mais que não sei. Só não acredito em coincidências e nem que virei "antena de seres do outro mundo".

Tenho vivido uns dias estranhos: nos três primeiros que estive em Manila e agora depois que voltei.

Monday, February 11, 2008

Jeepneys

Jeepneys são o meio de transporte mais popular na Metro Manila (e em seus arredores pelo que pude ver) . A história, pelo que puder apurar, remonta a época que os americanos dominavam a ilha e tinham ali várias bases militares. Com o fim da Segunda Guerra e a Independência das Filipinas, 4 de julho de 1946 (até nisso os americanos deixaram a sua marca), os jipes ficaram e aí entrou a criatividade dos filipinos: esticaram a carroceria e carregam doze pessoas dentro. Tem rota fixa e paradas aleatórias, ou seja, o usuário fala "stop" e eles param onde for. Se você estiver atrás e não parar, azar!


Aqui algumas fotos deles tiradas na avenida Makati e Ayala, no coração financeiro de Manila.



Friday, February 08, 2008

O mercado de carnes e de peixes

Na volta para Manila fizemos uma pequena parada "estratégica" na cidade de Tagaytay.


Chito me pediu muito delicadamente se podíamos fazer uma parada num mercado de carnes porque, segundo ele, era carne fresca e até 20% mais barato que na Metro Manila. Esse mercado merecia uma foto, mas fiquei com receio do pessoal não gostar. Era minha primeira saída por aqui e não sabia que o pessoal adora fotos.

Bom esse mercado é uma das coisas mais absurdas que eu já vi. Pedaços e pedaços de boi pendurados em ganchos. Até aí nada demais se não fosse por:

1. condições de higiene precárias. Num dos balcões - para usar um adjetivo gentil - nojento um cara abria uma cabeça de boi. Aproveitamento 100%.

2. refrigeração era algo inexistente. Só para lembrar a temperatura por aqui fica em torno de 30 graus. O que me leva a crer que aquela carne toda (não era pouca) deveria ser vendida aquele dia. Não vi nenhum frigorífico em volta, ninguém pensando em salgar a carne, nada.

3. as moscas faziam a festa!

Quando Chito escolheu a sua carne (passamos por todas as bancas) eles dicutiram em Tagalog e ele pegou sua carne. Bom pensa que houve escolha entre "maminha", "picanha" ou algo do gênero? O cara simplesmente cortou transversalmente onde o Chito pediu, usou uma serra para cortar o osso e pesou. A quantidade de carne que ele comprou dava para fazer um churras para umas 20 pessoas. Ah sim na hora de pagar a mesma mão que pega o dinheiro, espanta as moscas e corta mais um pedaço de carne e pega mais dinheiro...


Com as carnes no porta-malas do carro seguimos na direção de Manila. Meu anfitrião ia me levara para comer frutos-do-mar na cidade de Pasay.
Ali, por volta das 15h00, paramos num Dam Pa que é um mercado onde se vendem mariscos. Chito desceu do carro e o segui até o mercado onde ele comprou mais um saco de comida. Para variar: temperatura em volta dos 30 graus, tudo exposto sem o mínimo de refrigeração. Ele comprou um pedaço de atum, uns camarões e umas ostras.
Em seguida fomos a um dos restaurantes que estão em volta do Dam Pa como se pode ver na foto ao lado. Aí o Chito entregou o saco para um dos garçons e eu entendi tudo: ia comer aquilo que estava exposto ali no mercado, às moscas e provavelmente desde manhã. Meu estômago começou a revirar...
Quando chegou a comida, olha, estava razoável. As ostras foram cozidas e provei uma. O atum tinha um gosto estranho e comi um dos camarões. Preferi ficar na cerveja e no arroz a mergulhar na mariscada. Um detalhe é que eles não usam facas para comer e sim um garfo e colher. Meus anfitriões comiam com gosto. Eu disfarçava como podia.
Esse foi o primeiro país que fui até hoje que a comida sempre me pareceu ter um gosto estranho. Na República Tcheca por exemplo era insossa; nas Filipinas gosto tinha algo de desagradável (ao menos para meu paladar) em todos os pratos. Só no restaurante do hotel que consegui comer bem.
Dali o motorista me levou para o hotel e dormi profundamente. Assim acabou meu segundo dia nas Filipinas.

Thursday, February 07, 2008

Filipinas - Visita ao vulcão Taal

Uma viagem muito legal. Aproximadamente a 50km de Manila encontra-se o vulcão Taal, considerado muito perigoso pelos especialistas, por sua contínua atividade e proximidade com centros urbanos. Chegar lá foi uma história a parte que vale a pena ser contada.

Meu contato aqui pediu para que o motorista me pegasse no hotel às 6h00 da manhã de domingo. Achei estranho irmos tão cedo, mas depois ele me falou que era por causa do trânsito que pegaríamos pelo caminho. Como se isso pudesse ser evitado... Na ida tudo bem, agora na volta... trânsito, muito trânsito!

Pelo caminho fui vendo que a cidade de Makati é um mundo a parte. O lugar é bem pobre mesmo. Algumas coisas que me chamaram a atenção pelo caminho foram:

1. a quantidade enorme de casas de penhores nas pequenas vilas

2. a quantidade de ferro velho também. Só como comparação não vi nenhuma farmácia pelo caminho.

3. os barracos de 2 andares nas favelas. A parte de baixo feita de tijolos enquanto a de cima com folhas de latão.

Antes de ir a Taal fomos a um zoológico (de onde o Chito, meu contato, tirou a idéia de visitar um zoo eu não sei. Eu que não pedi...). Para quem conhece o de São Paulo aquele é uma verdadeira piada. Por outro lado é um fica dentro de um hotel (ou seja privado) e isso merece o maior respeito. A parte mais interessante foram os tigres e as aves daqui. O resto não era muita coisa assim tão excitante.

Depois descemos até o lago de Taal de onde tem que se pegar um barco para atravessar o lago e ir para a cratera. Do outro lado tem uns caras que alugam uns cavalos para vc subir. Diziam eles que eram 5 km até a cratera que tinha porque tinha que ir a cavalo. Bom como o motorista pegou um cavalo (Chito ficou do outro lado com o carro) pensei que seria um a boa idéia. Eu fiquei 5 min em cima do cavalo. Para um motoqueiro como eu um cavalo é uma coisa muito instável e não gosto da idéia de confiar minha segurança a algo que tem vontade própria, assim apeeei e fui o resto do caminho a pé. Não era nem 2 km até a cratera e a subida era relativamente suave. Para quem fez caminhadas pela Chapada dos Veadeiros aquilo era brincadeira de criança.

A cratera é deslumbrante como pode-se ver pela foto. O que não dá pare perceber nas fotos são os gases sulfurosos que ela emite... O dia que aquele vulcão entrar em erupção para valer aquela vila aos pés dele e mesmo as casas de veraneio do outro lado do rio vão virar lenda. Para quem não acredita, basta ver as fotos da última erupção.

Voltamos, Roger e eu, mais ou menos 2h depois para encontrarmos Chito do outro lado do Lago e voltar para Makati.
Acima: vista da cartera. Ao lado: eu, suado para caramba, ao chegar no alto da cratera.
Próxima postagem: o mercado de carnes e nosso almoço de domingo.

Wednesday, February 06, 2008

Filipinas - Makati City

Estou aqui nas Filipinas desde sábado, dia 2 de fevereiro. É, perdi o Carnaval... so what? Nunca gostei de Carnaval mesmo.

Nesta postagem falarei um pouco de minhas primeiras impressões sobre o pouco que pude conhecer das Filipinas.

Chegando em Manila

Obviamente que eu cheguei pregado depois de 28 horas viajando. Sábado, 9h30 da manhã e um calor do cacete. Peguei o traslado do aeroporto ao hotel e já tive uma prévia do que é a Região Metropolitana de Manila: favelas e um trânsito infernal. Nesse ponto nada muito diferente da cidade de São Paulo. O motorista, que tinha um inglês bem razoável, me explicando as coisas de Manila e os lugares onde eu deveria visitar. Lógico que ele me recomendou umas casas especiais onde eu poderia ver uns espetáculos artísticos com garotas... Disse que ninguém me forçaria a fazer nada, mas que era bom ver um showzinho.

Fiquei pensando: será que eu tenho cara de homem de meia idade tarado? De qualquer forma ele me deu umas boas dicas de bares que usei posteriormente.

Makati City

Cheguei ao meu hotel que, para dizer o mínimo é um espetáculo. Chama-se Peninsula Manila e as fotos do web site são bem melhores que as que eu tirei. Depois de dar uma descansada resolvi exploarar as imediações de Makati. Essa cidade - pertencente à Zona Metropolitana de Manila - é o coração financeiro das Filipinas.


Dei uma breve cochilada para ir ao Greenbelt , um shopping center com vários bares. No caminho fui notando que havia várias garotas filipinas com ocidentais circulando pelas avenidas Makati e Ayala. Pensei: ou o padrão de beleza daqui é o careca e barrigudo, ou essas garotas são profissionais. Rapidamente eu teria a resposta. Mas a dúvida persistiu porque não vi nada no caminho que indicasse uma "casa de espetáculos" que me recomendara meu amigo taxista.

No Greenbelt a primeira coisa estranha: um segurança na entrada com detetor de metais e ainda revistando as bolsas de todo mundo. Muito estranho... na Guatemala que todo o segurança de restaurante carrega no mínimo uma escopeta a checagem de segurança não é tão rígida assim. Mas aí me lembrei que mesmo na chegada ao meu hotel havia dois guardas que fizeram o taxi parar, abriram o porta-malas e checaram embaixo do carro. Sim, amigos, é isso mesmo: bombas! Tem um bando de malucos aqui do sul, separatistas ou algo que o valha que adoram atacar shopping centers. Imagine agora um shopping com dezenas de entradas e saídas e, sim, em cada uma delas a checagem é feita. Por isso ao sair por Manila, deixe sua mochila no hotel. Isso vai poupar tempo.

Ali resolvi beber uma cerva local (San Miguel) e dar uma banda. Encontrei um bar animadíssimo chamado Café Havana. Eram umas 23h mais ou menos e bastou dar uma olhada para os lados para perceber algo estranho: muitos estrangeiros, a maioria de meia idade, muitas meninas locais e quase nenhuma estrangeira e a cerveja custando o dobro da que eu tomei no bar anterior. Por sinal bastou eu chegar no balcão para um bando de meninas começar a se assanhar. Pronto! Ali era o local de encontro das profissionais com os clientes. Na verdade o lugar não é em si um puteiro. Eu vi algo parecido na China há alguns anos no Hard Rock Café: depois das 22hrs o local fica repleto de profissas. O mesmo ocorre por aqui. O lance é que elas são discretas (no traje é claro). A chegada é firme e convite para sair dali aparece logo.

Saí do Havana Café - sozinho - e fui dormir. Na próxima postagem eu conto da minha visita ao vulcão Taal. E das estranhas coisas que fui encontrando pelo caminho.

Notícias de mim

Quase 13 anos depois eu resolvi escrever para dar notícias minhas e contar o que aconteceu nesses anos todos. O que me motivou a isso foi te...